VERSOS CLANDESTINOS: A ARANHA E OUTROS ENIGMAS
Luca Barbabianca
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Sinopse
E por falar em forma…
Muito já foi falado sobre a crise das instituições artísticas no início no século XX. As vanguardas europeias evidenciaram, no antológico Cabaret Voltaire, novíssimas possibilidades das artes como instituições e também novos caminhos sobre os conceitos de autoria, que passou a ser contestado naquele período.
Naturalmente que as questões de forma e de estética não passam
incólumes pelas revoluções daqueles artistas iconoclastas que viraram a Europa e o mundo de cabeça pra baixo.
Por que falar de vanguardas europeias em um livro de sonetos escrito no século XXI? Vou deixar as possíveis respostas para os leitores e leitoras atentos e atentas que se debruçarão sobre este novo livro do poeta e prosador Luca Barbabianca.
Em Versos Clandestinos – a aranha e outros enigmas, o poeta pratica verdadeiros exercícios poéticos, explorando, mais uma vez, os labirintos do soneto (como um minotauro contemporâneo), como já o fez em seu livro anterior, Indrisos & Sonetos.
Neste volume há um destaque maior para o rigor formal já experimentado no livro anterior, mas a construção de imagens, a musicalidade e o fato de que Versos Clandestinos é um livro todo composto por sonetos, faz do volume um rico material para quem aprecia a forma fixa. Barbabianca dialoga, tal qual um Tzara, o zeitgeist do início do século passado, com o espírito do tempo presente, com todos seus espinhos e ventos nada amistosos.
Daniel Osiecki, poeta e editor