ZERO À ESQUERDA

Zero à esquerda aborda questões bastante relevantes para os jovens. De um lado, estão as inquietações próprias da juventude, do universo pós-adolescente: o autoconhecimento, o desejo de ser único, de destacar-se e de encontrar sua turma. Em meio a essas questões, há também as preocupações com o futuro e a escolha da profissão, a cobrança dos pais e a própria cobrança. A experiência vivida pela personagem André ilustra o amadurecimento forçado pelas circunstâncias. A importância que creditava ao seu microcosmo cede lugar à consciência de uma realidade maior e coletiva. Essa nova visão global reforça suas inquietações e seu desejo de não ser um zero à esquerda. Por outro lado, trata-se de ficção que amplia a consciência social: a narrativa fala da história de um dos países mais pobres da América do Sul, a Bolívia. Ainda que independentes no papel, os povos latino-americanos continuam precisando lutar para se afirmarem como nações livres e soberanas. Conhecer a história do continente latino-americano, a riqueza de sua cultura, sua diversidade, enfim, saber quem são nossos vizinhos possibilita a compreensão da realidade do Brasil atual.